quinta-feira, 17 de junho de 2010

Comportamento dos músicos durante o Culto


Um dos motivos de maior reclamação dos líderes para com os músicos na igreja é o modo como temos nos comportado durante o culto, mais precisamente ao término do período de cânticos. É comum deixarmos transparecer que terminado nosso “compromisso”, encerra-se também nossa “participação” e “responsabilidade”. Cultuamos a Deus apenas quando estamos com instrumentos e microfones nas mãos, proferimos palavras bonitas como: “Olhe para seu irmão! Glorifique! Adore ao Senhor! Pule! Dance! Receba!” E quando descemos do púlpito não somos mais os mesmos. Retiramos a máscara que cobria nossos rostos e expressões, que nos tornavam “adoradores” tão “sinceros” e “semelhantes” aos 24 Anciãos. Vamos para os corredores ou para fora do templo conversar sobre os mais diversos assuntos. Homens falam sobre futebol, mulheres falam sobre si mesmas, os mais jovens completam a rodinha de amigos na qual só faltava ele. E o culto que fomos prestar? E as belas palavras que há minutos havíamos falado perderam-se ao vento?

Isso sem falar quando estamos lá fora e o dirigente nos chama outra vez para “louvar” e saímos às pressas a procura de nossas máscaras que havíamos deixado no banco ao lado de nossas Bíblias (quando a levamos, é claro!!!). Voltamos ao culto e parece estar tudo normal, até o momento que outro grupo de música sobe ao púlpito e, mais uma vez, não temos a mesma participação que tínhamos exigido da igreja há alguns minutos. Sem falar no Pastor ou dirigente que quando vai ler à devocional ou a mensagem da noite convocando a todos a ficar em pé e não levantamos do “conforto que nos afasta de Deus”. Em outros momentos, chegamos em cima da hora da realização do culto e estamos afinando nossos instrumentos ou equalizando nossos microfones quando a devocional está sendo lida. Não se “passa” o som antes do culto!! Será que não temos a responsabilidade de ao menos chegar 30 minutos para orar e tratar das questões de sonorização junto ao sonoplasta? Será que não perturbamos o ouvido daqueles que foram cultuar em verdade? Com essas atitudes, será que o nosso louvor passa do teto? De fato, nunca precisaremos dar satisfação a homem nenhum, mas com que autoridade nós chegaremos à frente de nossa congregação, tomando essas e outras atitudes? Como teremos respaldo e subsídios para solicitar a igreja que ela deve comprar equipamentos novos para o grupo, se nem sequer nosso papel estamos cumprindo como deveríamos?

É até tolerável que após uma ministração, com a qual nós falamos tanto, pulamos e dançamos bastante, irmos tomar uma água e em seguida ir ao banheiro, contanto que bem rápido para não sermos observados, porém se estivermos administrando os cânticos da igreja com esses maus costumes, devemos desde já, estar ciente que Ele fechará os seus olhos e ouvidos para não nos ouvir (Isaías 1:10-18 e Amós 5:23), seremos comparados a destruidores (Provérbios 18:9) e ainda, o nosso “louvor” será como uma fumaça para os olhos e vinagre para os dentes de Deus (Provérbios 10:26).

Deixemos este mau costume que se tornou hábito dentro das nossas igrejas, meus amados. Lembremo-nos de que estamos adorando ao Grande Eu Sou, ao Todo-Poderoso, ao Único e Infalível Deus que por sua misericórdia nos tirou do lamaçal de pecados para que vivamos uma vida de exaltação ao Seu nome, para que quando fomos dirigir nosso cântico em louvor a Deus, Ele fique de pé em seu sublime trono e se agrade daquilo que O temos dedicado, nossa canção. Tomemos uma atitude enquanto é tempo. Mais uma vez gostaria de lhe recomendar um hino por título “Quem é você”, do mais novo cd do grupo Trazendo a Arca, do álbum Pra Tocar no Manto.

Que Deus nos abençoe


Por Jefferson Souza - Adorador

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