sábado, 19 de dezembro de 2009

TÁ VIRANDO BAGUNÇA!


Apesar de alguns evangélicos afirmarem que o Brasil experimenta um grande avivamento, vivemos dias extremamente complicados. Infelizmente a cada dia que passa, eis que surgem retumbante nesta terra tupiniquim devastadoras heresias.
Em Curitiba, um grupo de irmãos, liderado pelo pastor da igreja, entendeu que deveria demarcar seu território com urina, como fazem os leões e lobos. Após beberem muita água para encher bem a bexiga, seguiram para pontos estratégicos da cidade e passaram a URINAR decretando a vitória do Senhor. Numa cidade do norte do Estado do Rio de Janeiro, um pastor resolveu confrontar o “padroeiro” do município. Para tal, ele vestiu-se de branco, colocou uma coroa na cabeça, montou em um cavalo também branco, escreveu na sua coxa rei dos reis e adentrou as portas da cidade dizendo que a partir daquele instante o padroeiro daquele lugar não era mais são Jorge e sim Jesus Cristo.

O Ministério apostólico Libertador de Israel nos mostra outros tipos de atos proféticos:


- Cortar fios ou fitas, simbolizando a destruição de redes de tráfico e crime organizado.
- Quebrar botija, simbolizando a quebra de sistemas mundanos.
- Jogar flechas
- Sentar em torno de uma mesa, simbolizando a restauração familiar.
- Arrancar e plantar árvores, simbolizando retirada dos maus frutos e começo dos bons.
- Enterrar e desenterrar dinheiro, simbolizando arrancar os tesouros escondidos.
- Orar em frente a grandes bancos, ordenando a liberação financeira.
- Ungir em frente a locais de idolatria.
- Fincar estacas demarcando limites para conquista
- Dar sete voltas em torno de locais a serem conquistados.
- Rasgar papéis que simbolizam contratos espirituais.
- Marchas proféticas delimitando territórios.


Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Esse povo ensandeceu! Eu não consigo imaginar Paulo e Pedro agindo desta maneira. Sinceramente eu não sei de onde esses caras tiram essas idéias! Ora, isso está mais para macumba do que para Cristianismo. Prezado amigo o evangelho de Cristo é simples (2 Co 11.3,4). Nossa missão é orar e jejuar, amar e estudar a Palavra de Deus, além de anunciar com intrepidez a mensagem da cruz ao mundo perdido (1 Co 1.18,22,23; 2.1-5). Nada além disso!

Sem a menor sombra de dúvidas as praticas litúrgicas dos neopentecostais fazem-nos por um momento pensar que regressamos aos tenebrosos dias da idade média, onde o misticismo, a “mercantilização” da fé, bem como as manipulações religiosas por parte de pseudo-apóstolos, se mostram presentes. Confesso que não sei aonde vamos parar. Ao ler aberrações como as narradas acima, sinto-me profundamente inquieto com os rumos da igreja brasileira.

Isto posto, faço minhas as palavras do reformador alemão Martinho Lutero:

"Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir"

O reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro.

Em tempos difíceis como o nosso precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento, até porque, somente assim conseguiremos corrigir as distorções evangélicas que tanto nos tem feito ruborizar.

Pense nisso!

por Renato Vargens/Escritor

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Oh! Vida desgraçada!




“E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.” (Atos 16.16)

Não demorou muito fomos (não surpreendidos) informados de mais alguns mensaleiros que se ocuparam do dinheiro público. Brasília de certa forma tem sido (considerada) um covil de ladrões engravatados, bem vestidos e perfumados. Oh! Vida desgraçada essa de brasileiros desbrasileirados. Uma vida desgraça é de fato uma vida desconstituída da graça... da graça de Deus.
Desgraça é o ponto de equilíbrio para uma vida insana, distante dos braços de Deus e desligado da humanidade que nos liga-solidariedade. O que dá prazer para uns é a desgraça de outros. O prazer de ter mais dinheiro, o desprazer de quem poderia ter sido ajudado com “aquela quantia”.O remédio que poderia ter sido o “salvador” de uma vida dependente de remédio e remediada por paliativo que nada mais servem que apenas propagar a desgraça na vida dos desgraçados.
Presenciei algo esses dias( precisamente dia 07 de dezembro deste ano/2009.)na cidade de Picos-PI, um acidente desses que corriqueiramente acontecem, um carro na traseira de outro. Que desgraça! O transito parou, a desgraça que ocorria na frente com os carros batidos era na verdade a desgraça que fazia com que outros que estavam nos seus carros sentiam...a desgraça de estar parados ali, esperando tudo ser resolvido. Quando os senhores conversavam para resolver a situação, passa um rapaz de bicicleta e de leve pega o celular que está no banco do passageiro no carro batido na frente. Que horror! Quem ficou com vergonha fui eu...o rapaz do carro da frente era visitante, visitava o estado, visitava seus parentes. Não sei se por inocência da esposa dele ou por confiar na população que ali estava, sei que ela foi roubada. Aquilo na verdade passou, talvez por se preocuparem com o carro (pois é feio andar com carro novo batido), o celular passou. Aquilo ficou marcado na minha vida foi a situação de pessoas que se aproveitam da desgraça dos outros - Oh! Vida Desgraçada! O mundo ta cheio disso. O traficante que aproveita da situação psicológica do jovem, do adulto, tomando da sua desgraça sua fonte de riqueza. Assim como aqueles homens que se aproveitavam da desgraça de uma jovem que servia como ponte entre a adivinhação e sua fonte de lucro. Estamos rodeados por estes tipos de pessoas. Pessoas incrédulas em si e em Deus, desgraçados por natureza. O fabricador de “santos” que se aproveitam da ilusão sólida de personagens sofridos para garantir o “pão nosso de cada dia”. Um vida desgraçada está associado a uma vida desassociada de Deus. A intenção do desgraça é sempre o lucro “a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.” (Atos 16.16), ele não está nem aí com quem está no agrave, sua única e total intenção é alimentar seu egoísmo diante do ultraje alheio. A vida do desgraçado que vive uma vida desgraçada tende a usar da inocência da criança como fruto do seu prazer. O que dizer do pai que abusa sexualmente da filha? Se este já não vive uma vida desgraça a viverá quando usa do seu sangue como peça de apropriação para seu desejo insano de prazer. Pobre vida a desse miserável homem...! O que aquele rapaz da bicicleta não compreendeu foi que a vida miserável não era daquelas pessoas que tentavam resolver o caso da batida dos seus carros, e sim a sua vida que já estava desgraçada por se aproveitar da desgraça da vida dos outros. Será que ele dormiu feliz depois disso? Pode até ser que sim, e se assim o fez, continua tendo uma vida desgraçada. DQue este jovem encontre uma razão para viver e não na desgraça de vidas para se satisfazer. Que Deus o encontre na sua perdição em nome de Jesus.
Poderia ficar aqui comentando outras situações, mais vou deixar para a próxima, afinal , de desgraça é que muitos estão apenas sobrevivendo, pois viver mesmo, acho que não estão.
Que Cristo nos faça a cada dia novas criaturas pelo seu amor e misericórdia, grande abraço , graça e paz.

Robson L.Sousa,

08 dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

É SÓ PELA GRAÇA!


GRAÇA E PAZ AMADOS!
É DOMINGÃO, E AQUI ESTOU NAVENGO PELA NET. O FAÇO AGORA, APENAS VENDO ALGUNS SITES E VENDO ESTE SITES ENCONTREI ALGO INTERESSANTE, E QUE AQUI COMPARTILHO COM VOCÊS.
UM GRANDE ABRAÇO, TENHAM UM FINAL DE SEMANA ABENÇOADO.
Robson L.Sousa


Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. João 1:17

Durante o Grande Reavivamento Jonathan Edwards estava dirigindo uma grande reunião de oração com a presença de mais de oitocentos homens. Alguém lhe entregou um pedido de oração que vinha por parte de uma esposa (possivelmente de um dos participantes da reunião.) A esposa pedia que os homens orassem pelo seu marido pois ele havia se tornado “espiritualmente orgulhoso o qual fez dele uma pessoa desamorosa, orgulhosa e difícil.”. Imaginando que talvez o marido estivesse presente na reunião de oração, Edwards leu o pedido de oração e então pediu que se o homem descrito naquele bilhete estivesse presente que levantasse a sua mão para que o resto dos homens pudessem orar por ele. Trezentos homens levantaram as mãos!

Um principio fundamental no ministério de homens é reconhecer que mesmo que os nossos homens saibam que Cristo morreu pelos seus pecados, muitos, talvez a maioria, sinta-se extremamente sujo e pecador demais para ser amado por Deus. Não importa quão bom sejam os nossos programas, quão ricos sejam os nossos insights bíblicos ou quão bem sucedidos sejamos em ajudar os homens a melhor se conectarem, nosso ministério com os homens será um retumbante fracasso se a culpa e fracasso deles se transformarem em motivos para duvidarem do amor de Deus. À semelhança de Adão e Eva, a vergonha deles fará com que fujam de Deus a não ser que a sua caminhada com Deus esteja edificada sobre o portentoso alicerce da Graça.

Para mim, a única maneira onde verdadeiro crescimento espiritual toma lugar é ter a inabalável convicção de que Deus me ama incondicionalmente, a despeito do meu pecado. Apenas e tão somente dessa maneira é que meu coração pode estar livre para responder ao amor de Deus com o meu amor. Um ministério a longo prazo com os homens tem que alcançar seus corações. Essa é a razão pela qual temos que criar uma atmosfera nos nossos ministérios, onde os homens possam constantemente ser inundados pela maravilhosa Graça de Deus.

Seu, pelas almas dos homens,

Nélio DaSilva
Coordenador Nacional - Homens de Valor
Mocidade Para Cristo - Brasil

A Igreja Evangélica é legitimadora da corrupção



ACHEI ESSE TEXTO PERTINENTE A REALIDADE QUE NÓS BRASILEIROS TEMOS VIVIDO A MUITO TEMPO...PRECISAMOS SER IGREJA, PRECISAMOS SER A VOZ QUE CLAMA NO DESERTO.
BOA LEITURA E DEUS TE ABENÇOE, GRAÇA E PAZ, ROBSON L SOUSA
A afirmação que se faz no título desse artigo fundamenta-se em cinco percepções acerca da presença da Igreja Evangélica na nação brasileira, relativamente a sua atuação.

Em primeiro lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque não a denuncia. Não concebe que deva encarnar a função profética, relega ao segundo plano as questões sócio-políticas, e não se manifesta sobre aquela que é a maior manifestação do mal nas terras brasileiras: a corrupção. Não há denúncia.

Em segundo lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque sua ação social substitui a ação do Estado, não denuncia a situação e não exige que o Poder Público desempenhe suas obrigações. Se por um breve momento a Igreja Evangélica Brasileira deixasse de realizar suas ações de assistência social, o País se tornaria um caos, imediatamente. A distribuição da renda, consubstanciada na distribuição de cestas básicas e demais ações similares, a recuperação e inserção social, consubstanciadas nos trabalhos das inúmeras casas de recuperação, a promoção do ensino, por intermédio de milhares de escolas confessionais, o cuidado com a criança, realizado por creches e pela própria Escola Dominical, tudo isso, são funções do Estado negligente que não as realiza. Na medida em que a Igreja Evangélica faz tudo isso – e jamais deve deixar de fazer – sem a devida e obrigatória participação do Estado, e não denuncia a gravidade do fato, está sendo cúmplice de governantes e parlamentares criminosos, que utilizam em benefício próprio os recursos que deveriam ser destinados a essas atividades.

Em terceiro lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque se associa ao Poder Público sem a crítica adequada. Seus líderes sobem nos palanques políticos, impõem as mãos sobre as cabeças de gente cujo pensamento está voltado apenas para seus próprios interesses e para o crime, dá e recebe condecorações de e para gente sem a menor credencial ética para isso, cede os púlpitos a bandidos, enfim, associa-se a gente que deveria estar presa, mas que usufrui da liberdade que o seu poder lhes permite adquirir. Aqueles que deveriam ser alvo de denúncia e profetismo por parte da Igreja são seus grandes amigos e aliados.

Em quarto lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque não desenvolve ações consistentes de combate à corrupção. E nem poderia ser diferente, visto que ela nem mesmo a denuncia. Enfrentar esse mal é obrigação, mas nada faz a respeito.

Em quinto lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque a pratica desavergonhadamente.

À denúncia acima pronunciada segue-se, necessariamente, a proposta de ação.

1. Para denunciar a corrupção nos púlpitos, e perante a nação, obrigação inadiável da Igreja Evangélica Brasileira, é necessário colocar ordem dentro de casa: transparência das contas. Igrejas precisam publicar seus balancetes e prestar contas do que fazem com os dinheiros de seus membros, se quiserem ter credibilidade e autoridade para profetizar contra o mau uso dos recursos pelo Poder Público. Os líderes de igreja não podem submeter-se apenas à prestação de contas – inevitável e certa – diante de Deus. Precisam entender o momento em que o País se encontra e dar o exemplo. Transparência, eis a exigência.

2. A Igreja não pode deixar de fazer ação social, mas tem que cobrar a ação do Governo, o emprego das verbas públicas nos programas sociais e as ações que promovam a distribuição de renda. Precisa-se, antes de mais nada, de informações acerca de todo o esforço que a Igreja Evangélica Brasileira está fazendo para amenizar a situação de dificuldade em que vive grande parte da nação. O Governo tem que conhecer a enorme dimensão dessas ações, e seu alcance. Trabalho que dá credibilidade para cobrar do Governo que faça a sua parte, em particular impedindo que o dinheiro público seja desviado para atender a interesses privados. A Igreja não pode substituir a ação do Estado, como ocorre hoje; esse esforço tem que ser complementar. O Estado tem a obrigação de zelar por seus cidadãos, a Igreja, de amar o próximo. O trabalho da Igreja não exime o Estado de sua responsabilidade. No entanto, a última coisa que se deve pleitear é a parceria na qual as igrejas recebam mais verbas públicas para a realização de ações de cunho social. Há generosidade e recursos suficientes para contribuir com as obras das Igrejas. Não se rejeitam parcerias com o Poder Público, mas elas só podem se estabelecer fundamentadas em sólidos sistemas de controle e transparência. Em parceria com o Poder Público, a Igreja tem demonstrado que é engolida pelo mesmo mal que assola a Nação.

3. Não há outra possibilidade, nesse momento, senão o rompimento radical com as práticas que a Igreja Evangélica Brasileira tem adotado em relação aos seus representantes no Poder Executivo e no Poder Legislativo.
Se eles querem ir às igrejas, ou se mesmo já são membros, que se assentem nos bancos e ouçam, em silêncio. Se quiserem conversar com esse povo sobre política, que se marquem reuniões específicas para isso, e que nunca se tratem tais assuntos em cultos. Não se pode mais chamá-los aos púlpitos e impor sobre eles as mãos, manipulando a compreensão dos membros. Se querem oração que recebam-na nos gabinetes, pois o Deus que ouve em secreto em secreto os responderá. Pastores não devem receber condecorações das mãos de criminosos travestidos de prefeitos e parlamentares, há que se ter o mínimo de decência e discernimento.

4. A Igreja precisa adentrar o espaço público aberto a ela e a toda a comunidade. Participar dos Conselhos Municipais de Políticas Públicas criados por lei para exercer o controle das ações públicas em áreas como a educação, a saúde e a assistência social, entre outras. Pastores devem incentivar seus membros a participar, promover treinamento para eles, e facilitar-lhes o acesso a estas instâncias de participação política. Fazendo isso, a Igreja estará garantindo a merenda escolar para seus próprios filhos – e demais crianças de suas cidades, o salário adequado para os professores, os recursos para as entidades de assistência social, os programas de enfrentamento de moléstias, o dinheiro para a farmácia básica, entre tantas outras possibilidades. A legislação brasileira tem criado esses conselhos, dos quais devem fazer parte representantes da sociedade civil organizada. Espaço absolutamente adequado para a ação consistente da entidade que mais faz ação social nesse País, a Igreja Evangélica Brasileira.

5. Quanto à participação na corrupção desenfreada nesse País, já conhecida há tanto tempo, e vergonhosamente evidenciada, por exemplo, na CPMI dos Sanguessugas, é necessário, em arrependimento e quebrantamento, pedir perdão. Pedir perdão a Deus e à Nação, pois esperava-se muito mais da Igreja Evangélica Brasileira.

Sobre ela pesa duro juízo, por suas ações, por sua acomodação, por sua omissão cúmplice. Pois, ao invés de destruir as obras do diabo, tornou-se partícipe delas.
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Enviado por e-mail para divulgação no Genizah
Henrique Moraes Ziller é membro da Igreja Metodista da Asa Sul, em Brasília – DF, é Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União e Presidente do Instituto de Fiscalização e Controle http://www.adoteummunicipio.org.br/.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Frase do Dia

"Porque quem não sabe quem é e para o que existe, não sabe o que pensar, que motivação deve ter ou aceitar, que atitude deve acalentar, que ação deve tomar".(Pr.Oriovaldo Ramos)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

APENAS LEIA....SE NÃO É ESSA A VERDADE?



Impressiona-me muito ver o estado de culpa latente que habita as pessoas no mundo evangélico. Além disso, também muito me admira como as pessoas ficaram viciadas num fazer auto-justificador diante de Deus. As pessoas estão tão acostumadas a se sentirem em dívida, que quando se lhes diz que está tudo pago, elas não sabem como se comportar. Mas e agora?—perguntam—Como fica? O que tenho de fazer? Não podem simplesmente aceitar que o alvo da fé é a construção de um ser humano, neles mesmos, conforme a imagem do Filho de Deus. E que não fomos chamados para construir templos, mas para sermos templo. Se não se diz a eles para “fazerem” alguma coisa, dá-lhes a sensação de não estarem dando “fruto”. Dar fruto, para um evangélico, em geral, é participar das atividades da igreja, evangelizar e ganhar pessoas para a fé da igreja—e isto só se contabiliza como “ganho” quando a pessoa se integra na igreja—, ser ativo em departamentos da igreja, ser notado na igreja como alguém com quem se conta; e, também, ser capaz de gostar de tudo o que a igreja ensina, e um monte de outras coisas, todas relacionadas à igreja. Ou seja: fora da igreja não há fruto para se dar. E quando falo de igreja, falo da organização eclesiástica física e funcional. Assim, para um evangélico, fora da igreja tanto não há salvação como também não há fruto. A igreja é a “videira verdadeira” dos evangélicos, assim como também o é para toda a Cristandade. Desse modo, sendo a videira uma organização e não um poder vital—uma seiva de vida—, o que aparece como evidência desse pertencimento, não é fruto, posto que entidades e instituições não dão fruto, mas sim apresentam resultados. O fruto na “igreja-videira” é atividade e a funcionalidade. O fruto, porém, na Videira Verdadeira, é apenas fruto. Ou seja: é aquilo que acontece de modo natural, e que é apenas o resultado de se estar ligado à fonte da vital, e de se ser uma extensão da própria Árvore da Vida. Um ramo! Assim, nessa época de “Células-G 12”, de ativismo imenso, de hiper-ocupação dos crentes, e de cobrança de ativismo como devoção e obediência a Deus, realidades como amor, misericórdia, bondade, longanimidade, paz, mansidão, alegria e domínio próprio, passaram a ser besteiras e poesias sem importância. O fruto da igreja é contabilizável. Já o fruto da Videira Verdadeira não é contabilizável, posto que ele não é medido em quantidades, mas apenas em qualidade. Ora, quando você vem e diz para as pessoas que elas estão livres da tirania dos fazeres aflitos, e que agora podem ser—e sobretudo ser—, pois o que realiza o fruto não é o fazer, mas o ser; então, muitas vezes, dado ao vício e a heroína do heroísmo do muito fazer, do ativismo que por anos lhes foi inoculado como devoção executiva e produtiva—sempre de modo quantificável e para fora—, as pessoas se sentem sem chão, e entendem a coisa toda como um dês-construção. Há presos, por incrível que pareça, que depois de anos de prisão já não sabem mais como existir em liberdade. Na realidade, há presos que não querem mais sair do presídio. Trocaram a liberdade pela segurança da cadeia, e pela certeza de amizades que não acabam, posto que os amigos estão encerrados na mesma prisão de segurança máxima. Ora, vejo e ouço crentes reclamando da “prisão” o tempo todo, mas se se lhes abre os portões, e se lhes diz—Foi para a liberdade que Cristo vos libertou. Saiam!—; em geral alguns se alegram de imediato, mas quando postos na rua e ao ar livre, entram em pânico, e sentem saudades do cativeiro. Os discípulos de Jesus precisam saber que “o fruto” é aquilo que acontece como produção natural da vida, começando no interior. Todas as demais atividades externas acontecem sob uma possibilidade: “sem amor, nada disso aproveitará”. No entanto, mesmo assim, a maioria prefere dar o corpo para ser queimado a fim de “provar alguma coisa” para si mesmos e para os outros, do que simplesmente ser, e expressar na vida os frutos do próprio ser, sempre crescendo nas produções do amor. Na realidade, para quem o dar fruto equivale ao muito ocupar-se e ao muito fazer, o convite para ser, não significa nada para eles. Não lhes dá “provas comprobatórias” de nenhum frutificação. Esquecem-se de que o chamado do Evangelho é a para a felicidade de ser, não de fazer. O “bem-aventurado, é...” E nele o fazer não é um esforço relacionado a um programa de atividades religiosas, mas tão somente aquilo que de modo natural brota da vida ligada à Videira, assim como um cacho de uva é o simples resultado de se estar ligado à arvora que tem aquele qualidade de natureza. Enquanto não se entende isto, toda e qualquer tentativa de dar fruto apenas conforme ensina o Evangelho, acaba por se tornar—para os crentes neurótico pela obrigação de dar fruto como fazer—num processo de vazio e cheio de mal-estar e culpa, posto que o vício na justiça-própria que decorre dos muitos afazeres religiosos, é um dos vícios mais poderosos que podem se instalar no coração humano. Deixar tal vício leva tempo. Isto quando as pessoas conseguem. Para quem tem dúvidas sobre o que digo, basta que se lembre o que Jesus disse a Marta acerca do assunto. Marta se agitava em muitos afazeres. Maria se quedava ouvindo a Palavra, aos pés de Jesus. Marta reclamava com Jesus acerca da passividade não produtiva de Maria. Jesus lhe respondeu que ela, Marta, andava muito preocupada e ocupada com muitas coisas. E concluiu: “Pouco é necessário; ou mesmo uma só coisa é necessária. Maria escolheu a boa parte; e esta não lhe será tirada”. Mas para que se troque a construção de Pirâmides para fora, pela plantação de sementes de vida no coração, o indivíduo tem que confiar apenas num simples fato de que é a permanência confiante na Videira Verdadeira aquilo que natural gerará os frutos que agradam a Deus.

(TEXTO RETIRADO DE UM LOCAL(SITE) DE BENÇÃO, DE ALGUEM INFLUENTE NO IGREJA EVANGELICA BRASILEIRA, O TEXTO RETRATA A VERDADE , ABSOLUTA VERDADE...E POR ESTAR AQUI É O QUE EU QUERIA TER ESCRITO, PENA! MAIS GRAÇAS A DEUS, ALGUÉM TEM UMA MENTE REVELADA SOBRE ESSAS COISAS TAMBÉM)