domingo, 26 de janeiro de 2014

FOI NA MARGEM DO RIO...

Domingão chegou.... estou parcialmente de férias e parcialmente trabalhando, já que em um dos empregos que tenho , de professor, as aulas ainda não começaram.  Sabendo disso, aproveitei  e acordei mais cedo, fui pescar. Peguei a moto recém comprada, uma dessas simples mesmo, e dei pé para a barragem ( dei ‘pé’ é só expressão, fui devagar mesmo..rsrs) , a sensação de andar numa moto é muito legal, é um ser livre...vento na cara, a natureza ali do seu lado...sons   e uma mobilidade maior na estrada. Essa sensação de liberdade é muito boa ... na estrada a caminho da barragem, agradecia a Deus por um tempo tão agradável. Sabe aquela vegetação de caatinga começando a ficar verde por conta das chuvas, era isso que eu tinha de vista  , e que vista boa. Ao chegar na barragem  me deparei com alguns irmãos de uma igreja vizinha , estavam procurando um lugar para fazer um batismo de algumas pessoas. Logo , eles foram para um local mais a frente na barragem , havia um lodo verde em alguns locais da margem. Enquanto eu pescava , escutava os  cânticos ‘ ...se o caminho é estreito , a porta é também.Tudo está feito , não demores e vem! no portal da vida, Cristo achará, ao findar a lida  lá no céu tu estarás ....’ , enquanto jogava a isca e puxava, me lembrava do meu batismo, também numa barragem. Foi um tempo muito maravilhoso. Era eu um adolescente.
Hoje sinto que a estrutura eclesiástica mudou. Lembro-me de um amigo que é um pastor itinerante, mas que congregou conosco por uns dois anos , e mais que isso vive pregando por esse Brasil  em recente conversa  disse: ‘Naquele tempo  anunciávamos o evangelho sem  querer nada em troca, sem querer ser reconhecidos, hoje o sistema é outro, logo  as pessoas estão atrás de fama e notoriedade.’  Fico pensando naquelas vidas que desceram às águas hoje , exatamente neste domingo agradável, como será a vidas deles? Essa pergunta é pertinente, já que existe um modelo a ser seguido, um modelo que agrada. Não sei se neste  batismo houve a  conversa  chave, aquela que  separa o antes batizado para o agora batizado ‘ você não pode mais....’ frase essa usada num dos sermões  em relação a usos e costumes na igreja que congrego. Falar de igreja é um pouco complicado, principalmente para quem  tem um cargo na igreja, geralmente segue-se o manual  , o que a cartilha aponta. Ser alvo de  tirania , perseguição  e ameaças está fadado a pessoa que fala algo que discorde da liderança. O mais triste de tudo isso  , é que se usa o altar para macular pessoas. Passar uma imagem de que a pessoa que criticou é um servo do mal , do diabo , assim, santifica-se aquele que macula as pessoas. A idéia mais básica que precisa ser seguida é que antes de ouvir homens , que as pessoas escutem a Deus. Que tenham tempo de leitura da palavra de Deus, que orem e tenham tempo de relacionamento com  Ele. Posso garantir que algumas coisas que escutamos em certos sermões não foi aquilo que Jesus queria dizer, Mas a habilidade de distorcer as coisas  a seu favor é sedutor, logo , servirá a um destino, falar o que  bem quer com seu bem objetivo e na maioria , objetivos pessoais.
Percebo muita gente  nos bancos da igreja, que apenas estão lá , esperando  o tempo  de Deus, pois para os homens  o olhar é de que não serve mais. Não consigo olhar para uma pessoa e achar ou crer que essa pessoa não sirva para algo , para um propósito. Acho que por isso que Deus quando envio seu filho Jesus e este dizia que havia vindo para os  doentes e perdidos e não para os bons. Nos achamos tão bons  que pensamos ter o direito julgar as pessoas. Ir a todos os cultos não garante o direito de julgar as pessoas. Sempre falo que se o homens tiver oportunidade de passar a perna (enganar) no outro ,ele o fará. Foi assim com Jacó e Esaú; foi assim com  os dois discípulos que queriam  um lugar especial ao lado de Jesus. Davi fez isso com Urias.... e são vários os exemplos que podemos observar.
Na bíblia encontramos  Paulo alertando  os gálatas sobre a liberdade em Jesus e o seguir as leis. Relata ele que, milagres não são por seguir normas , mas pela fé e até mesmo  serem salvos por seguirem estatutos(ler cap 3 de Gálatas). Como diz um famoso pastor brasileiro ‘é forte Brasil!’ , mas  a igreja evangélica brasileira  tem  entrado num estado  de confusão, não sabendo  o que Deus quer para este tempo. Estão tão acostumados com  tomar as decisão e Deus que abençoe depois que já não precisam mais de Deus para decidir, apenas para abençoar suas decisões e projetos. E diante disso, não se prega o que realmente deveria ser pregado, o Reino de Deus e quando os que fazem , acabam recebendo o nome de  estranhos. O costume nos faz  bem, nos direciona , mas não é padrão. Fico pensando quantas pessoas foram excluídas de igrejas por usarem calça comprida , viram televisão ou até mesmo  acompanharam seus maridos em alguma festa. O que eles (classifico assim) , alguns religiosos chamam de liberdade, nada mais é  do que a liberdade dele. Se passar daquilo que ele acha correto, então é pau na cabeça dos irmãos. Sabe , minha oração é que diminuamos tantas barreiras criadas pelo homem para chegarmos a Deus de não vermos mais Deus como um juiz que tem raiva de sua criação, mas que os ama e acima de tudo , tem pensamentos maiores e melhores para eles. Possivelmente alguém que está passando por um momento de crise dentro da instituição, alguém que foi  e está cheio do amor do pai , mas que foi  colocado de lado , esteja triste, desanimado , fique sabendo que você é muito amado pelo pai, quando Deus te fez ele se alegrou com a tua vida. Como um pai que não nos dá pedra quando pedimos pão , ele nos ama incondicionalmente. Assim como eu , agarre-se  na  sua misericórdia e no seu amor e continue o buscando, ainda que alguns pensem que Deus te abandonou, ainda que eles mesmo tenham te abandonado, Deus é um pai de amor , e que segura em nossas mãos em todos os tempos.
Tenha um bom dia , Deus te abençoe!
Robson Sousa

@robtigers

sábado, 25 de janeiro de 2014

MISTUREI TUDO....

É manhã de sábado , acordo com a lembrança do livramento  de Deus ontem ao voltar de uma viagem, era noite e uma vaca preta cruzava a estrada, brequei abruptamente, joguei o carro para o acostamento e segui, ao susto da minha esposa  agradecia a Deus pelo livramento. O Deus do livramento ainda continua vivo.  Retiro um tempo para mim e Deus, ao som da chuva o busco , o adoro e externo o desejo de ouvi-lo.  Alguns pensamentos invadem minha mente , um deles  sobre essa questão de estarmos sempre conectados  na internet, com mais e mais aplicativos. Parece que estamos buscando sempre algo para preencher a falta da voz de Deus em nossas vidas. Sinto como tem sido difícil largar o celular por alguns minutos para buscar a Deus sem que o pensamento volte para o que há de novo nos aplicativos   interligados na rede. É um abandono de si para o encontrar com Deus. A chuva continua , o céu está azul... me deparo em matar algumas moscas, animal irritante são moscas. Depois de uma chacina de moscas (risos) , uma frase  que vi ontem no facebook me chamava atenção , dizia: ‘ Quando Deus te tira algo é pq vai te dar algo melhor.’ Sabe essas frases  ‘caladinhas’ que pensam dizer uma coisa e acabam  revelando muito mais do que a pessoa que postou queria dizer, essa é assim. Depois de ver a frase fiquei pensando de como seria esse tirar? Retirar um pirulito de uma criança é fácil, e tem outra coisa, pode devolver outro de maior qualidade ou pelo menor igual, nesse caso  ,o afetivo  vai ser sobre uma coisa, um objeto. Agora imagine  essa frase dita a um pai de família que perdeu um filho num acidente? Como ele reagiria? Que sentimentos teria em relação a essa frase? Estamos trocando vida real com ‘apaixonites agudas’.  Então como aplica-se  essa frase a uma família que soube do diagnóstico de câncer  grave em alguém da família?  Na boa , falamos muitas besteiras e nem ao menos pensarmos como seria  a repercussão  40 segundos depois. Achamos que estamos abafando por  tentar jogar nas costas de Deus algumas situações que ocorrem com todos nós. Não , não me venha falar da história de Jó.  Se  você vier  me falar que ele perdeu tudo , inclusive os filhos para justificar essa frase, então por  essa justificativa você não dimensionou a dor que aquele homem  sentiu. Uma história contada em 42 capítulos não dimensionaram a dor que aquele homem sentiu.   Por favor, não me venha dizer que um pai (pai - mãe –irmãos-família ) esquece um filho que morreu. Pergunte a alguém que você conhece, veja num dia de feriado de dia de finados. Não , Deus não é o culpado.
“ Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias.” Ec 7:29
A chuva passou, mas não o meu desejo e busca em ouvir o Senhor. Que bom que a terra está regada, o homem já pode plantar, Deus os abençoou.
Acredito que o grande desafio da vida  é não revidarmos  quando nos sentimos ofendidos. É um tratamento de Deus quando isso ocorre, buscar a mansidão e o consolo de Deus vai ser sempre melhor.  Relato que nem sempre tem sido fácil essa disciplina. Há períodos que eu oro  e aguardo, e aguardo.... então quando tudo parece ficar barulhento  e rebelde, daí oro outra vez. Acredito que Deus não está inerte as nossas orações, nossa pressa em querer é que atrapalha tudo. Como a ânsia de saber se tem mensagem nova no celular , assim queremos com nossas orações, ser respondido logo. Tenho aprendido que orar para pedir é uma opção que temos, agora orar para nos relacionarmos com Deus o pai, é essencial e vital para nossa vida espiritual.
A música que ouço agora ,um trecho é : “ ...não desejo outro lugar para estar, se não no teu amor. Coloca um fogo no meu coração, que eu não possa conter, que eu não tenha controle ,quero mais de Ti, quero mais de Ti...”
Preciso ir na rua pagar uma conta e dar um cheiro em mãe, coisa boa da vida é dar cheiro na mãe. Obrigado Deus!!!
Não , não preciso esta no contexto as coisas (esse texto) para aprendermos algo de bom, a vida nem sempre apresenta um roteiro, aqui , hoje , foi : tive  vontade de escrever e escrevi.

Até a próxima, com amor, Robson Sousa.

@robtigers

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS




Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.

Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram.Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.
Mas a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso? Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.
Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma idéia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”. Cada novo ataque que a viatura so fre reafirma e multiplica essa idéia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.
Baseados nessa experiência, foi desenvolvida a ‘Teoria das Janelas Partidas’, que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.
Se se cometem ‘pequenas faltas’ (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves.Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pesso as forem adultas.
Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas, estes mesmos espaços são progressivamente ocupados pelos delinquentes.
A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às norm as de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.
A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinqüente, pois aos dos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero.
Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.
Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos.
A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.
Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.

Reflita sobre isso!


*Essa tese, defendida pela primeira vez em 1982 pelos americanos James Wilson e George Kelling, recebeu o nome de “teoria das janelas quebradas”.