sábado, 26 de maio de 2012

O que temos aprendido? A ser evangélico...?


Graça e paz!

Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.
Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.
Marcos 10:19-20


Estes dois dias (24 e 25 de maio/2012) aconteceu uma situação que me deixar a pensar  o quanto nós (e se não todos, um bom número ) ‘evangélicos’  somos   deselegantes.  O quanto o orgulho  por sermos classificados como ‘evangélicos’  ou traga toda humildade  e  humanidade. Nos deixamos levar a  tal ponto que pensamos ‘institucionalmente’  ou para ser mais preciso ‘denominacionalmente’, a bandeira (e costumes) da igreja   nos fazem  ver o outro como  inimigo.
Essa semana, e nos dois dias citados no inicio, tivemos aqui  na cidade que moro a visita do Bispo Católico  Dom Plínio  representante maior  da igreja na região. Nesta visita a uma das escolas  e nessa trabalhando como professor , antes de sairmos para a palestra que seria ministrada pelo bispo, ouvi duas alunas evangélicas se perguntarem: “Nós vamos  ou não vamos?”.  Essa pergunta  deixei elas respondendo , mas  me perguntei:  O que poderia acontecer se elas  escutassem o bispo? Iriam  voltar a serem católicas? Ficariam confusas com  a teologia abordada pelo bispo? Fiquei muito curioso e preocupado com aquela situação, pois ela voltou a se repetir no outro dia , na escola que sou diretor, aguardávamos o bispo   e quando reuníamos  todas as turmas para a palestra  ouvi de um grupo de meninas evangélicas que diziam  tal qual parecido com as outras e então me interpelaram : “ E nós vamos pra onde?Temos que ir para a palestra? Não gostamos...”  Eu apenas respondi: Não somos obrigados a gostar de ninguém, mais o mínimo que podemos fazer é respeitar.  Durante as palestras  não foi comentado nenhuma situação religiosa, ou que desse margem para isso. Pelo contrario, o bispo foi muito sincero  nos seus comentários   sobre  nosso comportamento como  cidadãos, “aproveitar o tempo de preparação na escola”, “não jogar lixo  nos locais públicos”, “respeitar a família e professores”...etc. Foram conselhos  úteis para uma vida estudantil .
Bem, como falei a preocupação veio a minha mente. Preocupação de como nossa geração e a geração que esta crescendo dentro de igrejas ‘evangelicas’ esta sendo ensinada. Ouvimos falar e falamos que Deus é amor e somos intolerantes com pessoas que não professam a mesma fé. Limpamos o exterior do copo e agimos  sujos de alma.  Olha a pergunta que Jesus fez ao jovem:

“Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho...Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade."
Marcos 10:19-20

 Achamos o outro estranho por não estar na mesma igreja ou ter os mesmos costumes e por isso, protagonizamos  ações  desarmônicas com  outras igrejas.
O que temos aprendido dentro de nossas igrejas (evangélicas)?  Gostamos de criticar os TJ pelo fato deles não acreditarem que existe um novo céu e uma nova terra, mais agimos como eles e queremos as coisas do nosso modo e jeito. É triste! É lamentável!  Existem  coisas que ou agente aprende  ou vamos agir como o ‘xiitas’ islâmicos que não aceitam outra religião (aceitar no sentido de RESPEITAR, pra não saírem falando besteira)  e se vestem com bombas e se lançam a matar.  Podemos ser mais que isso, podemos ser melhores.O  mestre nos ensinou , que ,amando  somos mais fortes. O jovem de Marcos 10 aprendera  todos os mandamentos desde sua juventude, mesmo assim continuava agindo errado.  Se amarmos apenas aqueles que nos amam que vem estamos fazendo com isso? Precisamos ir além, precisamos sair de um mundinho ‘religioso’ criado para se auto-satisfazer. Não podemos ser melhores odiando outros.  Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?(1 João 4:2 ). Existem algumas coisas interessantes nesse quadro pintado pela religião e ensinado  de forma (quase) hereditária que é importante destacar: 

Primeiro – Já vi muita gente levar políticos  a púlpitos de igrejas. Então porque os escutamos?Porque não saímos também?
Segundo – Quando ensino que não devo escutar nenhuma outra religião , assim, não participar de alguma palestra  no seu grupo de atividade (trabalho,escola...) , NÃO estaria dando margem a quem é católico de fazer o mesmo quando um pastor viesse visitar a escola ou trabalho?
Terceiro -  Ação.  Esperamos  que tudo esteja do nosso jeito evangélico e quando um bispo católico resolve vir visitar  uma instituição  queremos nos achar melhor que todos. O espaço é o mesmo , tanto para uma religião quanto para a outra.Agora a atitude de ir a escola e  outras instituições foi do bispo.

Eu particularmente parabenizo a ação do bispo católico Dom Plínio  e pelos sábios conselhos que ele  comentou nos dois momentos de palestra. Parabenizo a preocupação dele em  não ver o esgoto de uma cidade vizinha ser lançado na barragem da região e cobrar das autoridades governamentais do município uma ação.  Participei dos dois momentos de palestra(visita), não teria problema algum de almoçar com ele, conversar qualquer outro assunto,isso não mudaria o que tenho vivido com Cristo  nem o meu entendimento da palavra.
Sei que a cada dia aprendo algo novo. Termino dizendo que Deus é um Deus relacional e que parabenizaria todos quantos somassem para o crescimento das pessoas e NÃO, não sou católico, mas os respeito e os abraço, almoços com eles e os amo.

ATENCION: Espero que eu tenha sido claro, qualquer comentário ‘extra’ o que está aqui escrito é de próprio pensamento  malicioso (seu).
Grande abraço, Robson L.Sousa

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