quarta-feira, 21 de julho de 2010

DEUS E O (seu) CHAPÉU


Hoje me deu vontade de escrever algo que acredito servir para alguém, senão fica aqui meu olhar sobre isso. Na verdade foi algo que presenciei tempos atrás num momento de culto semanal aqui onde moro e na igreja que congrego.
Estávamos num culto semanal, sabe, aqueles cultos onde se podem contar as pessoas que vão ( e estes nem tempo tenho mais pra ir..só nos finais de semana), estávamos lá, o culto começou o irmão fez a abertura, aquela liturgia que se não for daquele jeito muitos saem dizendo : "Deus não estava ali", pois muitas vezes estamos tão acostumados a liturgia que se alguma coisa sai fora do padrão litúrgico é estabelecido logo o comentário e isso com um REFORÇO bíblico pra justificar nosso comodismo e visão limitada de Deus “...o que passar disto é procedência maligna.”. O culto continua e neste momento entra um jovem, pelo aspecto dele, pela sua face, dava pra ver que ele nunca havia adentrado um templo evangélico ou talvez se deparado com um irmão que na sua santidade expressa entende o que é melhor ou não pra Deus. Assim aquele jovem entrou no templo, procurou um local para sentar-se e acomodando-se queria pelo menos entender a graça de fazer pessoas saírem de suas casas e ali estarem. Acredito que vários pensamentos e curiosidades vieram a cabeça daquele jovem que de uma forma tímida observa tudo que ocorria naquele ambiente,(e louvor parou) e enquanto observava ouve-se uma voz que vinha das cadeiras de honra, onde os pregadores ficam, onde os santos tem uma visão melhor do povo, onde destinam-se a abençoar o povo nas suas conduções ministrantes. A voz direcionava-se ao pobre rapaz: “Ei rapaz, não sabe que aqui é a casa de Deus e que a ele se deve reverência (no que mandou...e essa foi de matar), tira o CHAPÉU QUANDO ENTRAR AQUI.” (fecha aspas..rssrs). Sabe aquelas palavras ditas aos outros, mais que, quem fica com vergonha é quem esta do lado?já aconteceu com você? Naquele momento, quem ficou com vergonha fui eu..vergonha de apresentar para um rapaz um “deus” tão necessitado de nossa reverencia. Um “deus” que se preocupa mais com meu chapéu do que comigo mesmo...apresentar um “deus” que me deixa humilhado diante das outras pessoas pra mostrar sua santidade a casa de “deus”. Por várias vezes(e muitas vezes durante meu tempo que congrego ) fico me perguntando realmente se coisas que são ditas realmente merecem ser ditas no nome de DEUS. É triste , e foi assim que aquele jovem se achou, triste com aquilo. Falei pra um jovem depois: "se aquilo é comigo, eu nunca mais volto numa igreja!"(exclamei)..rsrsrs.
É como diria Lulu Santos (lembrei dessa agora): “...assim caminha a humanidade...” , achando que nossos esforços conseguem nos fazer mais amados ou santos diante de Deus. Refletimos aquilo que aprendemos e muitos aprenderam coisas desnecessárias a boa vida cristã em Cristo. Somos tão algozes diante de fatos que julgamos as pessoas pelo seu estereotipo, que se não forem conforme aquilo (que muitas vezes desnecessário) aprendemos que seja um “cristão” ou “crentão” e com isso , acabamos matando o que morto poderíamos apresentar para a vida. Pois só é morto em vida quem em vida não teve oportunidade de encontrar com quem morreu pra te dar vida. (essa foi massa!rsrsrs). Mas é assim que temos vivido, no caminho da religião há morte, há frustração...Muitas pessoas há tempos , anos ,décadas dentro das igrejas achando que a maior preocupação de Deus é com o seu chapéu(sua roupa,sua maquiagem,seu cabelo,suas sombrancelhas,seu sapato,a maneira que faz uma foto,o teu trabalho). Retirar o chapéu ou não, NÃO nos faz melhor ou pior, apenas mostra que podemos ser educados. E muitas (senão todas ) vezes educação não nos revela quem Jesus realmente é. Cumprir as formas não define Jesus, o que vai definir Jesus é nosso convencimento que ele me ama antes mesmo de eu te-lo amado e que antes que eu o viesse a vê-lo ela já me via e me vendo sabia (como sabe) que a minha vida só é vida quando vivo com ele. Por isso ELE, encarrega ao Espírito Santo o convencimento que sou dele, nascido dele e vivo por ele. Aquele jovem aprendeu da pior forma o que não é Deus. Daí o que aquele jovem poderia ter aprendido que o que ele precisa tirar da cabeça ou do coração é toda forma de pecado. Pois isso é o que nos separa de Deus e não o chapéu dele. Que Jesus encontre aquele jovem mais uma vez, se num templo evangélico não sei, mais que ele o encontre e fale como ele falou aquela mulher PEGA no ato de adultério:

“E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.”(Jo 8:10,11 )


Tenham um dia de benção com chapéu ou sem chapéu.

Por Robson L.Sousa

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